Seis dicas para diminuir as perdas no varejo em datas especiais
Anualmente o varejo trabalha forte, especialmente com as datas comemorativas, para ampliar as vendas. O varejista já sentiu isso em 2023 com a Páscoa. Agora em maio, tem o Dia das Mães (dia 10). Ainda neste primeiro semestre teremos o Dia dos Namorados (12 de junho) e no segundo, Dia dos Pais (9 de agosto), Dia das Crianças (12 de outubro), Black Friday (25 de novembro) e Natal (25 de dezembro). Mas tradicionalmente, essas ocasiões também costumam registrar um crescimento nas perdas por conta da maior movimentação de pessoas nas lojas.
Mas o varejista pode sim, e deve tomar algumas medidas preventivas para diminuir as perdas em datas especiais. Aqui, é importante não se esquecer que é fundamental o equilíbrio da equação pessoas, processos e tecnologia. Um sem o outro não funciona bem.
Confira seis dicas para diminuir as perdas no varejo
1 – Conscientize todos os colaboradores da loja sobre a importância de prevenir perdas. É essencial que todos saibam o impacto que elas têm no negócio, inclusive diretamente em seus salários.
2 – Mantenha a equipe sempre treinada; em períodos de grande movimentação recomende atenção redobrada em alguns comportamentos e atitudes suspeitas nas lojas.
3 - Realize inventários periódicos, registrando toda e qualquer movimentação de seu estoque; dessa forma o varejista terá um panorama real da sua perda nas operações.
4 – Tenha atenção especial também na troca de mercadorias; seja lá qual for o motivo (troca de tamanho, cor ou simplesmente por não ter gostado), mantenha um procedimento definido.
5 – Mantenha o ambiente de loja sempre organizado, assegurando, por exemplo, de que todas as áreas estejam iluminadas adequadamente; evite pontos cegos na loja.
6 – Invista em tecnologia (as mais usuais no varejo são o EAS, com antenas e etiquetas antifurto, e o sistema de CFTV); verifique as soluções mais adequadas para o seu tipo de negócio.
Perdas no varejo...fique bem longe delas
Segundo a 5ª Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro, realizada pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) em parceria com a KPMG em 12 segmentos, supermercados, esportes, magazines e eletromóveis registraram em 2021 um crescimento nos índices de perdas em comparação a 2020. No setor supermercadista as perdas aumentaram de 2,10% para 2,15%. No varejo de artigos esportivos saíram de 0,99% para 1,12%, no de magazines saltaram de 0,91% para 0,94% e no de eletromóveis foram de 0,11% para 0,26%.
Nos varejos supermercadista, esportes e magazine, as perdas desconhecidas foram as principais responsáveis pelo crescimento. A perda desconhecida, principalmente furtos (externos e internos), foi o fator de maior contribuição para esse aumento, pois em 2020 tivemos controle de acesso de clientes em razão das limitações impostas pelas prefeituras locais por conta da pandemia.
Na comparação dos 12 setores pesquisados, o de supermercados, com 2,15%, é, de longe, aquele com os maiores índices de perdas do varejo. Desse total, 1,43% são oriundas de quebras operacionais e 0,72% de perdas desconhecidas, especialmente furtos. Porém, as quebras operacionais geradas por produtos sem condição de vendas por vencimento, perecibilidade e desperdício de alimentos, além de erros operacionais na gestão de estoques, continuam sendo as principais causas das perdas no setor (66,51%).
