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Perda ampliada: Um novo olhar sobre a prevenção no varejo

perda ampliada

Por muitos anos, o conceito de prevenção de perdas no varejo foi diretamente associado a furtos, quebras e desvios de produtos. Embora essas ocorrências ainda representem uma parte significativa dos prejuízos no setor, como apontam os dados da Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro 2025, a evolução do mercado e das operações varejistas trouxe à tona um conceito mais amplo, estratégico e necessário: a perda ampliada.

Amplamente defendida pelo presidente da Abrappe, Carlos Eduardo Santos, a perda ampliada é um conceito que vai além das perdas físicas (como furtos internos ou externos) e passa a considerar todos os fatores que impactam negativamente o resultado operacional e financeiro de uma empresa. Ela está relacionada a ineficiências, falhas de processo, fraudes sistêmicas, erros administrativos, rupturas de estoque, improdutividade, despesas excessivas, entre outros fatores. "A perda ampliada exige que a prevenção de perdas vá além da loja. Ela precisa estar presente em cada processo da operação, com visão estratégica e foco em resultado", destaca Carlos Eduardo.

Em resumo: a perda ampliada pode ocorrer em qualquer área da organização, não apenas na loja física. E, por isso, requer uma abordagem mais integrada e estratégica da gestão de perdas.

 

Como combater a perda ampliada em sua empresa

Segundo a Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro, 76,72% das empresas entrevistadas no levantamento de 2025 afirmaram que suas áreas de prevenção de perdas atuam diretamente com perdas ampliadas. Isso representa uma mudança significativa no papel da área, que deixa de ser apenas reativa para se tornar protagonista na geração de valor e na proteção da rentabilidade do negócio.

Atualmente, a área de prevenção de perdas pode contribuir no combate à perda ampliada com ações em diversos campos, como controle e acurácia de estoque, redução de despesas operacionais, prevenção à fraudes em cartões, monitoramento e prevenção de rupturas, acompanhamento de processos judiciais, gestão da produtividade e melhoria contínua de processos internos. Esse novo posicionamento fortalece a área como um elo essencial entre as operações, o financeiro e a governança corporativa.

 

Exemplos práticos de perdas ampliadas

Para entender melhor como a perda ampliada pode se manifestar, veja alguns exemplos práticos:

  1. Erro de cadastro de produto que gera preços errados no PDV e causa prejuízo direto.
  2. Ruptura de estoque por falha no abastecimento, levando à perda de vendas e insatisfação do cliente.
  3. Fraudes em reembolsos ou vouchers digitais, que geram perdas financeiras fora da loja física.
  4. Desperdício de energia ou consumo excessivo de insumos, elevando os custos operacionais.
  5. Multas e passivos judiciais por descumprimento de normas ou má gestão de processos.

Todas essas situações podem parecer pontuais ou administrativas, mas no conjunto têm impacto direto no resultado financeiro da empresa — e, por isso, precisam estar no radar da área de prevenção.

 

O papel da tecnologia na prevenção da perda ampliada

Para lidar com esse escopo mais complexo, as empresas têm recorrido cada vez mais à tecnologia. Ferramentas de analíticos de vídeo, BI (Business Intelligence), sistemas de controle de estoque, ERPs integrados e automações de auditoria são fundamentais para detectar irregularidades, antecipar riscos e propor ações corretivas em tempo real.

Além disso, o uso de indicadores de performance (KPIs) e dashboards gerenciais tem permitido que a prevenção de perdas atue com dados, elevando sua contribuição nas decisões estratégicas da empresa.

A adoção da prevenção de perdas ampliada exige também uma mudança de cultura. Mais do que uma área isolada, ela precisa ser transversal e integrada a outras frentes como logística, financeiro, comercial, RH, jurídico e TI. Quando todos compreendem que a perda pode estar em qualquer processo, a mentalidade muda: prevenir se torna uma responsabilidade coletiva, não apenas de um único departamento.

A prevenção de perdas ampliada é uma evolução natural e necessária para o varejo moderno. Ela permite que as empresas atuem com mais inteligência, eficiência e sustentabilidade financeira. Ao identificar e combater perdas que antes passavam despercebidas, os varejistas ganham não apenas em proteção do patrimônio, mas também em competitividade e valor percebido pelo cliente.

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